segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Gato no sótão


Decidi tira-lo de lá usando seu brinquedo favorito, um tipo de corda com uma pequena bola coberta de couro em uma ponta e um sino na outra. O sino o deixava completamente louco e eu sabia que assim que ele o ouvisse viria correndo para tentar atacar o brinquedo. A corda era longa o suficiente para jogar o brinquedo lá em cima, mas eu não conseguiria ver quando ele o agarrasse. Eu não poderia entrar lá de vez e agarra-lo a força, ele odiava isso. E ficar em pé no meio da escada brincando com um gato era perigoso.

Passei pela entrada do sótão e tentei ligar a luz. Houve um brilho forte feito um relâmpago e a lâmpada queimou me deixando na escuridão.

“Que beleza,” resmunguei. Eu já previa que a lâmpada queimaria a qualquer momento, ela já era muito velha então não me preocupei muito. Segurei firme a corda e lancei a ponta com o sino para o centro escuro do sótão. Ouvi uma leve batida e o som do sino quando ele caiu no chão. E então comecei a sacudir a corda.



Jing Jing Jing 

Esperei por um momento. Então ouvi som de patas correndo pelo sótão escuro. Eu sabia que meu gato pegaria o sino, ele sempre pegava. O som das patas foi se aproximando e parou quando alcançou o centro do sótão, e então foi substituído por uma grande batida e o som de algo arranhando. Tentei puxar o sino como se fosse uma vara de pesca. Mas estava preso. Pensei que estivesse preso nas patas do meu gato enquanto ele brincava, eu ainda conseguia ouvir os constantes toques do sino e várias batidas. “Sinta-se livre para descer logo,” Ri em silencio tentando puxar o sino e pensando no quanto meu gato estava forte. O sino continuava preso. Eu precisava puxar o sino até a saída do sótão, e como sempre meu gato desceria correndo por conta própria.

Meow……… 

Eu reconheceria esse som em qualquer lugar: meu querido Snuffles.

Meow…………

“Já chega Snuffles, Desça logo!” gritei para ele antes de sentir algo macio passando por mim. Olhei para baixo e vi Snuffles encostado em minha perna, miando. “Mas que...” Olhei para a escuridão no sótão, eu ainda podia ouvir os arranhões e o fraco toque do sino como se alguma coisa ainda estivesse brincando com ele. Olhei de volta para meu gato que já estava com os olhos arregalados olhando para o sótão e de repente seus pelos se eriçaram, seu corpo se arqueou e ele começou a chiar. Larguei o brinquedo enquanto ele começava a seu puxado por alguma coisa, e tudo ficou em silencio. Eu podia sentir meu coração martelando no peito e por um momento fiquei congelada onde estava. Snuffles saiu correndo em disparada. Então o som dos arranhões começou a ficar mais próximo da saída do sótão, era um som mais forte agora como se a coisa estivesse usando garras para se arrastar. Não esperei para ver o que era, desci correndo pela escada enquanto ouvia algo batendo no metal do corrimão como se a coisa estivesse tentando se jogar para baixo. Ouvi suas garras arranhando o metal e eu já estava fora de casa quando a coisa caiu do sótão fazendo um grande barulho.

Corri para a casa do vizinho e liguei para a policia, eu não voltaria para casa de jeito nenhum com aquela coisa lá.

Quando os policiais finalmente chegaram não encontraram nada dentro da casa. Eu até pensei ter imaginado tudo...

Mas consegui encontrar o brinquedo do meu gato, coberto por um liquido preto e viscoso, e o chão do sótão estava completamente arranhado.

-Fonte: Creepypasta brasil

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